Toponimia
Lugares da freguesiaAs populações desde cedo se fixaram na freguesia e os documentos históricos atestam que o seu povoamento é anterior à Nacionalidade. Alguns topónimos da freguesia são antiquíssimos. O topónimo Queitide, de origem germânica, remonta aos séculos IX-X e sabe-se que ali existia uma propriedade agrícola “villa Quetildi” de um prensor de nome Quetildus. Os únicos nomes de povoações que, para além de Queitide, sugerem alguma continuidade no povoamento desta área são: Pedrógão (nos documentos em latim, Petrogano) e Porto Godinho – isto é, Porto de Godinho, com o arcaico “porto” com o significado de passagem (quer do mar ou do rio, para terra, quer de uma terra para a outra), supondo-se que este nome seja de origem germânica e anterior a 987. À velha “villa” Quetildi pré-nacional parece corresponder diretamente a notável Quinta de Queitide, mencionada em documento de 1166, pertença de Pedro Guterres e por ele, em parte vendida ao mosteiro de Santa Cruz, de Coimbra. Sobre a sua posse se estabeleceu grande controvérsia no séc. XVIII, entre o filho primogénito do Marquês de Pombal e o bispo D. Miguel da Anunciação, que levou a melhor desta disputa, passando a quinta a chamar-se Quinta do Seminário, por pertencer ao bispado. O próprio topónimo principal, Vinha da Rainha (que se tornou a designação da freguesia. por existir no local a igreja), parece posterior aos princípios da Nacionalidade, designando a propriedade ou “vinha” de uma soberana portuguesa, difícil de identificar.
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