Artesanato

 

O artesanato é uma arte que deve ser protegida, pois conserva a identidade cultural de um povo e a sua memória. As mãos enrugadas dos artesãos devem transmitir o seu conhecimento às mais novas gerações. A freguesia de Vinha da Rainha preserva ainda a arte da carpintaria, da cestaria em verga e de redes de pesca.

Património

 

O património de Vinha da Rainha prima pela distinção pois combina de forma exemplar, o património natural, de belas paisagens, com o património erigido pelo homem. Desta forma destaca-se a Igreja Matriz, edifício pertencente ao século XVIII cujo padroeiro eclesiástico era o cabido de Coimbra que apresentava o pároco.

A fachada tem uma porta rectangular com frontão curvo, uma janela de coro de cimalha curva e a torre à direita. Ao lado da porta principal encontram-se duas pilastras dóricas, restos da Igreja anterior. A porta travessa, ao lado direito, apresenta um frontão curvo, assim como a axial. Dentro da Igreja observamos o tecto de madeira repartido em fortes caixões rectangulares.

O retábulo principal como os colaterais são duas colunas do fim do século XVIII. É visível a escultura de pedra da Virgem com o Menino,  do século XVI, os castiçais de madeira pintada, do século XVIII, e a cadeira paroquial de couro lavrado que mostra no espaldar um escudo esquartelado, pertencendo aos séculos XVII/XVIII.

As mais belas peças da Igreja são a custódia de prata lavrada do século XVIII e o cálice de prata branca, da segunda metade do século XVIII.

Salientam-se ainda a Capela de Pedrogão do Pranto, a Capela de Queitide, a Capela de Casal dos Bacelos e Porto Godinho, assim como a Quinta do Seminário.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça

O edifício que hoje se observa corresponde à remodelação do século XVIII; a fachada apresenta a porta e a janela, respectivamente, com frontão e cimalha curvos; grande parte do recheio é, também, do século XVIII (retábulos principal e colaterais, castiçais, cadeira paroquial, ...), do espólio desta igreja destaca-se, desde logo, a imagem ruanesca da titular (uma Virgem com o Menino). Já a escultura do São Paio, no altar-mor, é uma obra barroca de excelente estofo: pelo movimento que se desprende das vestes e por todo o tratamento formal, esta é, sem dúvida, uma peça «erudita», de muito boa qualidade plástica. A Custódia desta Matriz é uma peça de prata dourada, do século XVIII (tem o punção de Lisboa e outro do ourives, ilegível). Obra que impressiona pela qualidade de tratamento dos seus elementos, tudo concorre para o fausto, o luxo e a admiração, características tão próprias do Barroco; apresenta uma originalidade: «[...] a base tem predomínio de volume sobre o hostiário, que é uma radiação solar».

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Capela de Nossa Senhora do Pranto (Pedrógão do Pranto)

Da primeira metade do séc. XVIII, segue modelo do século anterior. A tábua acoplada no remate de retábulo-mor é uma pintura do último quartel do século XVII, talvez da escola de Coimbra; o tema retratado é a Anunciação: o anjo debruça-se de joelhos, em veneração da Virgem. Formalmente, segue um modelo italianizante; cena com bastante movimento, mostra-nos um desenho seguro e uma paleta rica. De salientar, também, a imagem da Virgem com o Menino (inícios do séc. XVIII?), em que a uma certa rigidez de tratamento se contrapõe um belo estofo que ajuda à aparência de fausto e emoção.

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